Janduí Macedo

Janduí Macedo
janduisilva@hotmail.com

sexta-feira, 2 de março de 2012

6ª POSTAGEM 

Continuei escrevendo romances. Veio o livro de duas gerações de uma família “ Pobre Homem Rico”, “7 dias de cão”, uma fábula, “O Capoeirista da Rua “k”, aventura, o “As Andanças do Velho Amadeu”, milagre e fé. Vários contos infantis. A produção era imensa, mais a possível publicação, ficava cada dia mais longe de mim.

Escrevia para escritores famosos e Editores de editoras grandes, pedindo ajuda, oportunidade de mostrar meu material. Enviava originais, as respostas sempre às mesmas, o material era bom, mas não lançavam autores emergentes, pois não trabalhavam com pequenas tiragens.
Recebi tantas cartas, que hoje em dia mantenho uma caixa só de recusas.
Foi quando por sugestão de Silvio Fukumoto da Editora Abril, ele me escrevia em resposta as minhas cartas. Um dia ele falou que no eixo Rio/S. Paulo eu teria mais oportunidades. Ele não disse para ir morar em outro estado, mas eu entendi o recado.
Vir para Belo Horizonte, já era um grande passo.
Meu marido parecia um cigano, pela profissão, representante de medicamentos, estávamos sempre mudando de casa e de cidades. Foi quando decidi depois de percorrer muitas cidades, vir morar em Belo Horizonte.

Vim em 1998. O esposo veio pelo trabalho, uma empresa o contratou e eu para ficar mais próximo do meu sonho.       
Chegando aqui, lembro que no terceiro dia já corri para as editoras. Estava com uma lista com endereço de todas elas. Não tinha onde morar. Meu marido ficou com seu irmão e eu e minha filha, em quarto alugado no Centro da cidade.
Consegui depois de alguns meses emprego em uma editora de textos de teatro. Foram anos de luta e escrevendo sem parar e o NÃO de quase todos os editores aqui de Belo Horizonte, o Não agora era dado pessoalmente.
As secretárias nem passavam mais minhas ligações por que já reconheciam meu sotaque de baiana, e os Editores daqui não iriam me dar uma oportunidade.

Alcione Araújo enviou algumas respostas as minhas cartas, lembro que ele disse, não pare, continue escrevendo, suas qualidades literárias irão ressaltar o que fará com que, algum dia, um editor edite um livro seu, lembro que ele estava lançando pela RECORD, um livro de 800 paginas.

Então aconteceu uma grande oportunidade.
Em 2003, Alcione Araújo, escritor, dramaturgo, roteirista de cinema e TV, ensaísta e cronista,  colunista do Jornal Estado de Minas, ligou um dia para uma vizinha minha e pediu que me desse um recado: - Ligasse para ele a cobrar, fui em um orelhão e liguei. Pediu permissão para transcrever minha carta (esta abaixo), no jornal. Então ele escreveu uma matéria de meia página no jornal Estado de Minas, falando de minhas dificuldades em editar meus livros.

JORNAL ESTADO DE MINAS.
Foi ai que tudo continuou acontecendo. O que vem depois já passa a ser sonho misturado com realidade...    
                                            Vale a pena ressaltar que em todos os momentos de minha vida, neste percurso, ela sempre esteve ao meu lado. E como prova de gratidão e carinho, nas oportunidades sempre irei postar fotos nossas, por que ela sempre estava lá... Minha filha Priscilla.

   Eu e Priu.

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