Janduí Macedo

Janduí Macedo
janduisilva@hotmail.com

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

4ª POSTAGEM

Prezados Leitores,

O ideal de embrenhar no mundo das letras tocou tão forte em mim, que era meu combustível para viver em toda a minha adolescência, muito magra, aparelho nos dentes. Com todos os probleminhas comuns nesta idade, mas sempre escrevendo e sonhando ter meus livros editados.
Vou continuar minha estória, vocês não perderão a continuação dela...

Mas vou dar uma pausa, para mostrar-lhe um conto que adorei escrever.

Queria aqui ressaltar uma coisa – Existe um sentimento que ninguém pode tirar de nós, O AMOR, outros sentimentos, se provocados, podem gerar muitos outros, mas o amor é o mais incorruptível deles, se for de verdade, as pessoas transformam qualquer situação por causa dele.
Também ninguém nós tira, a fé e a nossa habilidade de adquirir conhecimento, esta pessoa precisara passar primeiro pelas nossas emoções. Ninguém conseguiu isso, me fazer desistir.
E foi isto que tive sempre, muita fé, coloquei amor em tudo que escrevi e foi adquirindo conhecimento para escrever cada dia, com mais emoção. 

A PAUSA È PARA ORDENAR AS FOTOS DO GRANDE LANÇAMENTO EM 1995. Precisam ver as fotos, estou escaneando. POSTAREI EM BREVE.


“A VERDADEIRA ESTÓRIA DO SOL E DA LUA”.


                        
Existia um tempo em que às pessoas eram mais crédulas e tementes a Deus, sem que ele precisasse provar sua existência. Fieis em seu sentimento e de completa sensibilidade eram capazes de identificar o humor de Deus em tudo o que acontecia. Se o vento soprava rasteiro e a brisa era amena, Deus estava calmo; se a ventania era forte, Ele estava nervoso... Mas se chovia torrencialmente, raios e trovões rachavam o céu, Deus estava furioso, com as maldades e pecados do mundo.
Acreditava-se na maldade e na bondade, afinal eram humanos habitando a terra, sujeitos a sucumbir aos seus desejos e suas paixões, sua fraqueza e as tentações. Jesus Cristo foi tentado, Adão e Eva sucumbiram aos desejos, pecaram, mas foram punidos. Nos tempos atuais, ninguém acredita em punição. Não sentem mais que a mesma mão que afaga, é a mesma que sentencia; não crêem que Deus revolta-se com os seus. Olha que ele tenta falar de sua insatisfação ao mundo, as pessoas apressadas não prestam atenção. Casos dos furacões, chuva em horário de verão, desabamentos, mar invadindo a terra...
As pessoas que morriam ficavam encantadas em estrelas lá no céu, são como milhões de olhos observando lá de cima. Recebiam a lição de ficar olhando os seus semelhantes em seus erros, falhas, seus desencontros, fraquezas. Para um dia voltar e com tudo o que aprendeu não mais errar. E crescer melhorando seu comportamento, ao desencantar-se. Caso dos seres que habitam a terra que de tão humildes, inteligentes e humanos nos fazem perguntar como podem ter nascidos tão purificados e com tantos valores.
A noite eles vigiavam o mundo e tinha como conselheira a Lua, eram quando os casais retornavam do trabalho, as famílias se reunião com os filhos. Durante o dia seus olhinhos descansavam. Era quando o Sol observava a tudo e ao despedir-se da terra aos finais de tarde relatava a Lua, o acontecido.
Mas aconteceu um fato que modificou toda uma estória... O observador passou a ser observado, quem não tinha culpas, começou a cometer erros, quem devia ensinar, precisou aprender. 



Dizem que o Sol era um rapaz bonito e namorador, um astro criado por Deus, um homem encantado. Quando ao cair da tarde, deixava de iluminar a terra e aquecer as águas, transformava-se num rapaz garboso e galante!
Descia a terra e namorava as jovens mais belas da cidade, não tinha uma que ele não olhasse e que não se enamorasse por ele. Assim ficava todas as noites namorando e só ia para o céu ao amanhecer.
As jovens que o conhecia ficavam ao cair da tarde olhando o céu tentando saber se voltaria ao seu abraço.
Nessas idas e vindas a terra, acabou apaixonando-se por uma moça diferente de todas as outras que já conhecera. Uma jovem de beleza semelhante a sua e de uma pureza que o fez ficar tão enamorado, que já não conseguia mais ficar no céu durante todo o dia. Queria descer para vê-la antes do entardecer, mas não podia.

O tempo foi passando e o Sol estava cada dia mais envolvido, um dia tomado de paixão, não agüentou e desceu a terra abandonando o céu em plena manhã. O mundo conheceu a escuridão em pleno dia. O dia virou noite e todos ficaram espantados! Com medo, será que era a revolta do criador...
Foi quando o Sol foi procurado pela Lua, que sabia onde ele brilhava agora...
O Sol fugiu com a moça, só que ele levava uma grande luz com ele, o motivo de não conseguir se esconder.
A jovem ficou grávida e quando a Lua conseguiu os encontrar, convenceu o Sol a voltar ao céu. Voltou. Prometeu a moça que retornaria quando seu filho nascesse.
O Criador sabia que se deixasse que o Sol visse sua namorada novamente, cairia em tentação...
Para que não mais se encontrassem...
Quando a filha do Sol nasceu, o Criador colocou o espírito da menina encantado nas águas. Sua mãe para que o Sol nunca mais a visse, ficou encantada na Lua, assim poderia olhar sua filha todas as noites.
O Sol aquecia a filha todos os dias e despedia-se ao cair da tarde.
Assim o Sol nasce e quando vai embora, nasce a Lua, eles nunca se encontram. Mas sabe notícias, um do outro, pela filha que mora nas águas.

O amor não envelhece... O Criador se compadece, acontece o encontro...
O Sol ilumina a sua amada Lua. Acontece duas vezes ao ano... O Sol aprendeu a esperar, um corpo entra na sombra do outro, duram alguns minutos...
Continuam apaixonados... O amor resiste a tudo, ao tempo, aos desencontros, a ausência... Espera até o eclipse chegar.


Janduí Silva Macedo

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